Modificamos hoje um de nossos marcadores (categorias de postagens) e acrescentamos ao antigo “Cinema e Filmes” o elemento “Séries”. Isso é fantástico para mim por que havia uma lacuna deixada aqui. Sou apaixonado por séries e por vezes sentia vontade de discorrer sobre o assunto.
Para começar em alto estilo, vamos postar alguns trechos interessantes de entrevistas concedidas por Hugh Laurie, o conhecido e “amado” Dr. House.
Amado? Sim. Você talvez pense em discordar, porém podemos dizer que os “sintomas” não mentem. Os “sintomas” colocam a série Dr. House entre as mais premiadas e assistidas desde sua estréia. Isso sem falar nos inúmeros prêmios individuais que os atores levaram em cada indicação.Em seis anos de existência foram somente seis indicações ao globo de ouro!!! De fato, House é uma febre. Até mesmo na blogosfera. Duvida? Basta dar uma olhada no perfil do twitter de um problogger super conceituado, o proprietário do Contraditorium(@cardoso). E é apenas um pequeno exemplo de quão ampla e amada essa série tornou-se.
Para você, por que a série ainda tem tanto público?
Sou meio supersticioso para dar essa resposta. Parece que se eu ou alguém no programa algum dia souber a resposta para isso o sucesso irá evaporar. Se algum dia acharmos que temos a fórmula mágica ou que entendemos por que esse personagem ou aquela história deu certo, vai tudo desaparecer... Sou meio relutante em especular.
Por que você acha que ainda tem apelo junto à audiência?
Eu tenho meio que umas teorias particulares sobre isso. Há elementos no personagem que têm apelos diferentes para pessoas diferentes. Acho que o House tem um apelo junto ao público jovem porque ele é rebelde, não joga segundo as regras, é impaciente com as autoridades e todas essas características adolescentes. Também acho que ele tem apelo com o público mais velho por sua irritação com o politicamente correto do mundo moderno... Acho também que há histórias sensacionais, os roteiristas continuam me supreendendo com a complicação e sofisticação das histórias.
Será que House é tão popular porque ele é um misantropo (que tem aversão à sociedade)?
Eu acho, sim, que um pouco é por causa disso. Acho que muita gente no seu cotidiano tem alguns pensamentos que gostaria de expressar mas não o faz por educação ou porque está tentando se encaixar em algum tipo de hierarquia profissional ou algo assim. Eles ficam como que subjugados por essa convenções sociais e acho que assistir a um personagem que é livre, que não obedece às leis sociais, que é livre para dizer o que quer é algo libertador. O que dá a ele essa liberdade é o fato de que House não se importa com o que ninguém pensa, não tem consideração com seus colegas de trabalho ou com seus pacientes, não está nem aí para o que podem pensar dele. É algo que nenhum de nós consegue fazer, não se não quisermos ir para a cadeia ou tomar um processo (risos).
Qual foi seu caso médico favorito da série?
Uau! Acho que foi na segunda temporada, quando House fica obcecado com a coragem de uma garota que vai morrer por causa de um tumor cerebral. Ele fica desconfiado da coragem da menina e começa a suspeitar que é, na verdade, um sintoma e que o tumor está causando uma alteração na personalidade dela.E é interessante ele analisando o fato de que a coragem pode ser um sintoma de uma doença, não uma imutável virtude humana. A melhor coisa da história é que, no fim, ele está errado e tem que admitir que há bondade humana, virtude, ele tem que admitir humildemente que está errado. É algo interessante e desafiador por parte dos roteiristas mostrar esse tipo de ceticismo e cinismo. É uma história maravilhosa.
Quer saber mais detalhes da entrevista? Visite o post original e confira muito mais. Segue o link aqui...
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